1. O DN é um jornal centenário, ao serviço do País, que tem como principal objetivo assegurar ao leitor o direito a ser informado com verdade, rigor e isenção.
2. O DN constitui, sem prejuízo da sua vivacidade jornalística, um traço de união entre todos os portugueses, independentemente das suas opiniões políticas ou crenças religiosas, desempenhando um papel moderador dos conflitos que se manifestam na sociedade portuguesa.
3. O DN concilia a sua vocação de órgão de grande informação com o seu papel tradicional de jornal de referência com responsabilidades na formação da opinião pública dirigente.
4. O DN respeita o normativo da Constituição da República segundo o qual o exercício dos direitos de liberdade de expressão e informação «não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura», entendendo-se por censura a sonegação ilícita de informações, por razões políticas ou outras, e não a necessária e legítima seleção de notícias e artigos de opinião.
5. O DN assegura, nas suas páginas, a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião existentes no País, mas não esquece que o bom jornalismo se faz com o trabalho dos jornalistas e dos colaboradores dos jornais.
6. O DN verifica, escrupulosamente, as fontes noticiosas utilizadas e procura identificá-las com precisão, reservando-se o direito de analisar, caso a caso, as circunstâncias excepcionais que possam justificar o recurso, nos termos da lei, à respetiva confidencialidade, constituindo-se o jornal em garante da sua autenticidade.
7. O DN estabelece, rigorosamente, a distinção entre notícias e comentários, na base do princípio de que «os factos são sagrados, os comentários são livres», sem prejuízo da necessidade de ordenar, relacionar e explicar os acontecimentos relatados
8. O DN assume a responsabilidade de emitir opinião própria, através de editoriais assinados pela Direcção, sempre de acordo com uma linha editorial que se define pelas seguintes características:
9. O DN hierarquiza o seu noticiário segundo critérios de natureza jornalística, procurando avaliar a sua importância relativa, com a objetividade possível, e não consoante apriorismos ideológicos.
10. O DN preza um conceito de seriedade jornalística e não cede ao apelo fácil do sensacionalismo, que procede através do empolamento do escândalo político, do crime e do sexo, apesar de ter perfeito conhecimento dos benefícios possíveis em termos de mercado de leitura.
11. O DN rejeita o jornalismo de tipo confidencial, que não hesita perante a devassa à intimidade da vida privada dos cidadãos, do mesmo modo que se recusa a conduzir campanhas com o objetivo de denegrir a reputação de pessoas ou instituições.
12. O DN consagra particular atenção, na linha que lhe é tradicional, ao noticiário e à divulgação cultural, e procura manter as suas colunas abertas à colaboração das personalidades de maior relevo da cultura portuguesa.
13. O DN garante aos seus profissionais de jornalismo o pleno respeito pelos princípios éticos da Imprensa, consagrados no Estatuto do Jornalista e no Código Deontológico da profissão, e reconhece a importância da ação do Conselho de Redacção para a respetiva salvaguarda.
14. O DN segue a orientação definida, nos termos da Lei de Imprensa, pelo seu diretor e por este Estatuto Editorial, tendo como limites os princípios consagrados na Constituição.